sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

BAILE DE REIS DIA 5 DE JANEIRO


Face ao sucesso alcançado com a exibição de danças do tempo de Eça de Queirós no Baile das Camélias que se seguiu ao jantar do Capítulo Geral da Confraria Queirosiana no passado dia 24 de Novembro, o Grupo Ritmo Azul, Escola e Produção de Dança vai repetir a sua exibição no Solar Condes de Resende na noite do próximo dia 5 de Janeiro (Noite de Reis). As entradas custam 5 € e, para além de uma belíssima recriação de época, o público presente poderá curtir um pé de dança com as vedetas da valsa, da polka, da quadrilha.


Legenda da foto: Baile das Camélias no Solar Condes de Resende


40 ANOS DE VIDA LITERÁRIA DE J. RENTES DE CARVALHO: ESPÓLIO OFERECIDO À CONFRARIA

Como anunciamos na página anterior, o n.º 4 da Revista de Portugal está dedicado aos quarenta anos da vida literária do escritor J. Rentes de Carvalho, nascido em Vila Nova de Gaia a 15 de Maio de 1930, que em 1956 se radica na Holanda, onde foi professor de Língua e Cultura portuguesas na Universidade de Amsterdam e que hoje divide a sua vida entre a cidade das , 2007.tulipas e Estevais do Mogadouro, em Trás-os-Montes, a terra dos seus antepassados.
O seu primeiro romance, Montedor, apareceu em 1968 e, desde aí, tem publicado muitos outros títulos em que estórias de portugueses se fundem no cadinho da vida com o humano universal que luta com a necessária esperteza quotidiana em busca do paraíso possível ao virar da esquina, num mundo que não está para se despir de mitos e que apenas lhes muda a roupa a cada revolução.
Feito confrade de honra da Confraria Queirosiana em 2005, o escritor tem vindo a fazer desta instituição a fiel depositária de livros, documentos e objectos pessoais do seu universo de escritor, tendo já depositado no Solar Condes de Resende obras que pertenceram a seu pai e outras que o acompanharam na juventude, dando-lhe então ensejos de querer correr o mundo, e ainda a sua queirosiana pessoal, edições dos seus livros em holandês e português, traduções das obras de Eça para neerlandês, a documentação original da sua passagem pela Universidade de Amsterdam, a qual inclui correspondência com grandes nomes da Cultura portuguesa dos anos sessenta e setenta e os documentos oficiais que têm a ver com uma campanha mesquinha e pulha que lhe moveu António José Saraiva, que ele tinha ajudado a entrar para aquela universidade. Também muitos artigos seus em jornais holandeses, a sua tese sobre «O Povo na obra de Raúl Brandão (1867-1930)», Amsterdam, Abril de 1976, e muitos outros escritos e documentos, os quais vão ser apresentados ao público no próximo ano numa exposição, estando já a ser elaborado o catálogo deste espólio.
A loja do Solar tem também à venda alguns dos seus títulos mais procurados ainda disponíveis, enquanto que as Edições Gailivro se preparam para relançar no mercado os títulos esgotados, começando por Ernestina, já no próximo mês de Janeiro, a que outros se seguirão.
Entretanto em recente conversa com o escritor, demos conta da sua azáfama na redação final de mais um título a editar na Holanda, mostrando assim que a sua vida literária está pujante de vitalidade, até porque todos nós continuamos à procura do que encontramos nos seus livros: o deslumbramento pelas coisas simples, a busca do afecto e da amizade para além das circunstancias, a constatação de que a vida nem é lógica, nem é simples, nem é como Deus, Cristo, Maomé, o Senhor, Jeová, Alá, Buda, o Dalai Lama, Bin Laden, George Busch, Putin, o Diabo, o Papa, Marcelo, Manitu, a NATO, a ONU, a UE, a ASAE, Fidel Castro e outros grandes disciplinadores querem que ela seja. Nos livros de J. Rentes de Carvalho a vida faz a todos eles, e a nós que o lemos, um grandessíssimo manguito.
Se os portugueses lessem e apreciassem os seus livros como o fazem os holandeses, de certeza que rapidamente ascenderiam ao pelotão da frente dos países mais ricos da Europa, onde aqueles sempre estiveram, mesmo sem os génios superiores com que o Céu nos bafejou no século XX, nomeadamente o olimpo republicano (dezenas de génios), Sidónio Paes, Nossa Senhora de Fátima, a emanação divina de Santa Comba Dão (Salazar, seus ignorantes), as Santinhas de Arcozelo, Balazar e da Ladeira, Amália, Eusébio, Américo Tomaz, Álvaro Cunhal, o olimpo democrata pós-vinte e cinco de Abril (centenas de génios, o que nos leva a não nomear nenhum para não ferir suscetibilidades), todos presentes, implícita ou explicitamente, nos seus textos quais santos caseiros de barro ou marfinite ganhando pó e teias de aranha no oratório da avó-pátria.
Toda esta procissão, bem assim como os que seguram nos andores e lhes seguem no coice, estão todos, todos eles, e nós, e tu, e eu, nos livros de J. Rentes de Carvalho, às vezes patetas e patéticos, outras apenas gente, posando para a possível eternidade individual e colectiva, acenando-nos da foto de família que cada um encontra nestes livros para pôr na sua parede mais pessoal.
Legenda: J. Rentes de Carvalho com Mário Dorminsky e J. A. Gonçalves Guimarães, Vila Nova de Gaia

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Um espumante queirosiano


Abundam na obra de Eça de Queirós referências aos espumantes bebidos para celebrar um encontro amoroso, um jantar de amigos, ou acompanhar uma saborosa iguaria. Foi na última década da sua vida que os espumantes produzidos em Portugal se começaram a afirmar como grandes vinhos. Celebrando a efeméride, a Confraria Queirosiana e a Cavipor Vinhos de Portugal S.A. criaram este lote como justa homenagem ao escritor que mais brilho literário concedeu às reais qualidades deste vinho, capaz de acentuar um sorriso íntimo e transformar as pupilas em jóias pessoais.



Características: Vinho Espumante - método clássico; Espadeiro - Blanc des Noirs, 750 ml-12% vol-IVV026; enólogo Osvaldo Amado; preparado por Cavipor-Vinhos de Portugal, S. A., Penafiel - Portugal.

Guias do Solar

Precisa-se de guias para visitas ao Solar Condes de Resende. Os interessados terão de ser licenciados em História, História da Arte, ou Arqueologia.
Por acordo entre a Confraria Queirosiana e a Gaianima, EM, os mesmos receberão 30€ por cada turno de 4,5 horas contra recibo verde.
Horários: sábados, domingos e feriados das 8,30 às 13; das 13 às 17,30; das 17,30 às 19,45 (meio turno); à semana, das 17,30 às 22 horas.
A colocação na escala de serviço é feita conforme a disponibilidade dos interessados e as necessidades do serviço

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Curso de Danças de Salão



Curso de Danças de Salão no
Solar Condes de Resende

Aos sábados à tarde, decorre o Curso de Danças de Salão do Solar Condes de Resende para todas as idades, ministrado pelos professores Isabel Costa e Nelson Pinto.
O curso iniciou-se pelas danças do tempo de Eça de Queiroz (valsas, polcas…) e irá prosseguindo até ao mês de Julho de 2008 com as danças do século XX. Porém em qualquer altura do ano é possível começar a aprender ou praticar o que já se sabe.
Os frequentadores terão de fazer a inscrição prévia e o pagamento é feito mês a mês antecipado em relação às aulas a frequentar.
No final será dado um diploma de frequência estando previstas algumas actuações.

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Curso de Danças de Salão

Boletim de inscrição

Nome:
Morada:
Código postal e localidade:
Telef. de contacto :
Profissão :
Nº. Cte. :
email:

Sim, desejo inscrever-me no Curso de Danças de Salão que decorrerá no Solar Condes de Resende, para o que pagarei 35€ (25€ se for estudante ou sócio dos ASCR-Confraria Queirosiana ou sócio de outra instituição com quem esta tem protocolo de cooperação) por mês (4 aulas/mês, aos sábados, das 17,30 às 19,30). O pagamento pode ser feito através de cheque cruzado em nome de ASCR-Confraria Queirosiana.
Enviar para:
Solar Condes de Resende, Travessa Condes de Resende, 110
4410-264 Canelas VNG - Telef. 227531385/fax: 227625622
solarcondesresende@gaianima.pt

Assinatura

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Data: _____/_____/______

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007


A Jóia do Mês
do Solar Condes de Resende
Dezembro de 2007 (nº 12)


Designação: Reis magos e cavalo
Materiais: barro, tinta e arame de ferro
Dimensões: 9,5 x 8,5 x 4 cm; 10 x 8,8 x 3,7 cm; 10 x 8,5 x 3,8cm; 10 x 9 x 3,9 cm.
Peso: 100,9 g; 103,1 g; 115,1 g; 120,7 g,
Função: Presépio
Autor/ Oficina: JOC
Local de produção: Vila Nova de Gaia ?
Cronologia: Séc. XIX
Proveniência: Desconhecida
Estado de conservação: Mau
Intervenções: Não teve
Fundo: Solar Condes de Resende
Data da incorporação: 1987
Nº inventário: 1692 (Maquineta, cenário e figuras)
História das peças: Este conjunto dos três Reis magos a cavalo e um outro solípede, apenas com xairel, fazem parte de um arruinado presépio montado numa maquineta de madeira com as portas laterais envidraçadas, bem assim como a porta frontal, com o cenário em cortiça pintada e casas de cartão. Quase todas as figuras estão partidas. Do conjunto, além de fragmentos, ainda se individualizam as figuras citadas, Maria, José, Espírito Santo, Burro, Vaca, Cabra, 3 Anjos e 14 Figuras populares. Deve tratar-se de produção de um dos muitos santeiros de Gaia, aqui identificado pelas iniciais JOC (José ou Joaquim Oliveira Cantarino ?) no xairel do cavalo sem montada. Em Gaia esta Arte popular está praticamente extinta.
Bibliografia: ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de (1982) - «Iconografia do presépio medieval». In Arqueologia, nº 6. Porto: GEAP, pp. 137-151; GUIMARÃES, J. A. Gonçalves (1997) - «Bonecos de barro provenientes de escavações arqueológicas em Vila Nova de Gaia». In Actas do 2º Encontro de Olaria Tradicional de Matosinhos – 1996. Matosinhos: Câmara Municipal, pp. 24-41; idem (2006) - «Bonecos de barro de Gaia das cascatas sanjoaninas: figurado pré-industrial que chegou aos nossos dias» (a publicar).
Anotadores: J.A. Gonçalves Guimarães e Susana Guimarães
Profissão/cargo: Historiador-Arqueólogo – Director do Solar Condes de Resende; Historiadora-Arqueóloga - Técnica Superior de História da GAIANIMA, E.M., Solar Condes de Resende.
Data: 12 de Novembro de 2007
Copyright: Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.