segunda-feira, 22 de abril de 2024

Palestra da última quinta-feira do mês - excecionalmente sexta-feira - 26 de abril


Palestra da última quinta-feira do mês 

Solar Condes de Resende 

Excecionalmente sexta-feira, 26 de abril de 2024, 18:30 – 19:30 horas 

Hinos Revolucionários dos séculos XVIII ao XX

J. A. Gonçalves Guimarães

         As grandes convulsões sociais, geralmente conhecidas como revoluções, originaram canções, que ficaram como emblemas sonoros que as definiram e perpetuaram. Desde A Marselhesa (1792), passando pelos hinos constitucionais; A Internacional (1871); A Portuguesa (1890), Le Chant des Partisans (1941); Para Não Dizerem Que Não Falei das Flores (1968), até ao Grândola Vila Morena (1971), muitos outros cânticos foram tidos como hinos-bandeira de um movimento, de uma atitude, de uma mudança. Com algumas alterações melódicas ou orquestrais, mas também na letra, muitos acabaram por se transformar em hinos nacionais e até internacionais. Nesta conferência-concerto será abordada a sua origem, significado e evolução. A parte da demonstração musical estará a cargo do agrupamento Eça Bem Dito dirigido pela pianista Maria João Ventura.

Acesso livre presencial e por videoconferência

Entrar Zoom Reunião

ID da reunião: 847 6994 1820
Senha: 028054

segunda-feira, 15 de abril de 2024

14ª sessão Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»


Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

Solar Condes de Resende

Sábado, 20 de abril de 2024 – 15-17h

Regionalismos e internacionalismos

Prof. Doutor Nuno Resende

No tempo do digital, de desmaterialização do lugar cartesiano, é incompatível o local/regional, por oposição ao global? Somos todos globais? E qual é o papel da História nesta aparente dialética? Sobretudo, qual é o papel do Historiador, amiúde comprometido com a manutenção de um culto ao Passado, nesta equação? Como resolverá ele esta fórmula em que o Presente, o imediato, se sobrepõe ao longínquo e “obsoleto” ontem? Questões para reflexões urgentes sobre uma mudança imediata de papéis: do Historiador-sacerdote, ao Intérprete, Mediador ou Consultor. Ou de como reconciliar o aparentemente irreconciliável.

Presencial e por videoconferência; a frequência e o pagamento implicam inscrição prévia; para mais informações contactar queirosiana@gmail.com

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Espólio do escritor José Rentes de Carvalho

 


            No passado dia 13 de março, vindo de Amsterdam em dois furgões, chegou à sede da associação Amigos do Solar Condes de Resende - Confraria Queirosiana, no Solar Condes de Resende, Vila Nova de Gaia, o espólio do escritor José Rentes de Carvalho por este oferecido à associação através de «Declaração de cedência de espólio pessoal» assinada a 24 de agosto de 2024 e pela qual a referida associação passa a ser proprietária da totalidade dos dito espólio, salvo disposição contrária prevista em lei aplicável. Comprometeu-se a mesma a manter o espólio recebido como um todo, devidamente inventariado e disponível para divulgação e estudos nas melhores condições, mencionando sempre a sua proveniência, tendo como curadores do mesmo Joaquim António Gonçalves Guimarães, doutor em História Contemporânea pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) e Maria de Fátima Teixeira, mestre em História Contemporânea pela mesma faculdade, enquanto estiverem ao serviço da associação. Para além da sua divulgação e utilização públicas, sempre que solicitada, a entidade beneficiária dará conta do seu estado, localização e utilização ao doador ou aos seus representantes legais. Para além da sua exposição parcelar no Solar Condes de Resende, a associação vai concorrer a formas de mecenato para proceder à inventariação arquivística do mesmo e sua disponibilização digital, para além da publicação de um catálogo exaustivo.

            No próximo dia 04 de abril a associação dos Amigos do Solar Condes de Resende - Confraria Queirosiana, vão organizar uma sessão simbólica de receção deste espólio no Solar Condes de Resende, que contará com a presença da vereadora do Pelouro da Cultura e da Programação Cultural, Eng.ª Paula Carvalhal, em representação do presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, e do Eng.º Mário Duarte, diretor municipal para a Cidadania e a Dr.ª Maria José Fernandes, diretora do Departamento de Cultura e Juventude e o Mestre João Fernandes, responsável pelo Solar Condes de Resende, e à qual assistirão os membros dos corpos gerentes e associados da ASCR-CQ e outros amigos e admiradores do escritor.

 

A direção

quarta-feira, 3 de abril de 2024

13ª sessão do curso livre sobre «40 anos depois: História Local e Regional"

 


Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

Solar Condes de Resende

Sábado, 6 de abril de 2024 – 15-17h


De súbditos a cidadãos

Professor Doutor Pedro Bacelar de Vasconcelos

«É o Porto o centro da efervescência revolucionária que resiste e conspira para acabar de vez com a situação miserável do Reino, primeiro saqueado pelas tropas napoleónicas e depois ocupado pelos militares britânicos que após a expulsão dos franceses ficariam a governar por delegação do Monarca que permanece refugiado no Brasil, na companhia da sua corte…

É no Porto, a 24 de Agosto de 1820, que os insurretos reunidos nos Paços do Concelho criam a “Junta Provisional do Governo Supremo do Reino" que finalmente põe cobro à condição de “colonato britânico” a que, de facto, o país se encontrava submetido, exigem o regresso de João VI e reclamam uma Constituição que, em nome do Povo, acabe com o regime absolutista.

A primeira Constituição portuguesa será aprovada pelas Cortes Constituintes em Setembro de 1822 e é a expressão mais genuína e audaciosa da corrente do liberalismo democrático que percorre a Europa e as Américas e que anuncia as novas instituições políticas da era moderna!».

Presencial e por videoconferência; a frequência e o pagamento implicam inscrição prévia; para mais informações contactar queirosiana@gmail.com

quarta-feira, 20 de março de 2024

12º sessão do curso livre:«40 anos depois: História Local e Regional»

 


Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

Solar Condes de Resende

Sábado, 23 de março de 2024 – 15-17h

 

Constitucionalismo oitocentista

Prof. Doutor José António Mendonça Pereira de Oliveira

O constitucionalismo oitocentista português revela fortes influências externas, embora pincelado com características endógenas, próprias de um país em mudança profunda. Num primeiro momento (primeira metade de oitocentos), estruturou os fundamentos legais do liberalismo e na segunda metade de dezanove evoluiu ao sabor dos interesses de uma elite, mais preocupada em manter o poder do que em resolver os reais interesses e necessidades da grei nacional. O resultado foram os 4 atos adicionais e, mais tarde, a implantação da República em 1910.

Contudo, os 200 anos do constitucionalismo em Portugal, reforçam o primado da lei, a legitimidade do voto, a separação dos poderes, a liberdade igual e igualdade livre, pluralismo, laicidade, liberdade de opinião, de associação e de imprensa, exercício da justiça e justiça distributiva. Na longa duração, o constitucionalismo é um compromisso pelo respeito e liberdades fundamentais, pela dignidade da pessoa humana e pela atenção aos cidadãos, especialmente aos mais fracos, frágeis e colocados em franjas de excluídos.

Presencial e por videoconferência; a frequência e o pagamento implicam inscrição prévia; para mais informações contactar queirosiana@gmail.com

quarta-feira, 13 de março de 2024

11.ª sessão do curso livre:«40 anos depois: História Local e Regional»

 


Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

Solar Condes de Resende

Sábado, 16 de março de 2024 – 15-17h

Entre Corcundas e Malhados

Prof. Doutor Sérgio Veludo Coelho

Coronel Alexandre Velludo, nascido na paróquia de Santo Ildefonso em 15 de abril de 1778, filho de Manuel Velludo e Maria Amália, sendo que o Pai foi Mestre de Obras da Igreja da Lapa. Assenta praça como Cadete Artilheiro no Regimento de Artilharia do Porto. Está na Serra do Pilar está com a bateria que faz fogo sobre as tropas de Soult que entram na Cidade a 29 de março de 1809. Como artilheiro voltaria mais tarde com as tropas anglo-lusas sob o comando de Wellesley, participando no Bussaco, Linhas de Torres, Albuera, San Sebastian e até Toulouse. Em 1820 é já Capitão em Artilharia 4 e ajudante do Coronel Sebastião Drago Brito de Cabreira no Quartel de Santo Ovídio. Naquele dia de 24 de Agosto, tomou o seu partido final, o da Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Passa pelo fracasso da Belfastada de 1828, a retirada pela Galiza, o exílio em Plymouth e em Angra e a viagem de 10 dias mar até aos areais entre Mindelo e Arnosa de Pampelido, onde desembarca com o Batalhão de Artilharia Nacional a 8 de julho de 1832. Depois o Cerco do Porto e um ano, fechado na sua própria cidade até agosto de 1833. Uma narrativa pessoal de uma História de uma guerra entre Corcundas e Malhados.

Presencial e por videoconferência; a frequência e o pagamento implicam inscrição prévia; para mais informações contactar queirosiana@gmail.com

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Palestra da última quinta-feira do mês

Palestra da última quinta-feira do mês 

Solar Condes de Resende 

29 de fevereiro de 2024, 18,30 – 19,30 horas 

«Dos Navegadores Portugueses e suas biografias: entre a História e a apropriação de mitos»

Doutor J.A. Gonçalves Guimarães

Uma amena conversa sobre os navegadores portugueses, as suas façanhas, comemorações, a História e as mitologias desde o século XIX até aos dias de hoje.

Acesso livre presencial e por videoconferência.

Entrar Zoom Reunião
https://us02web.zoom.us/j/83885269423?pwd=NWJnUHZhZTBWM1BlemQ0VkM0VnZIdz09

ID da reunião: 838 8526 9423
Senha: 628316

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

10ª sessão do curso livre sobre «40 anos depois: História Local e Regional»

Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

Solar Condes de Resende

Sábado, 02 de março de 2024 – 15-17h


NAS ORIGENS DAS IDEIAS ILUMINISTAS – “LUZES E SOMBRAS”
Prof. Doutor António Barros Cardoso

Propomo-nos abordar as raízes do pensamento iluminista, o mesmo que serviu de base ao liberalismo, corrente que foi lentamente desenhada no século XVII, mas somente materializada nos quadros institucionais e políticos de finais do século XVIII. Atravessa depois todo o século XIX e ainda no nosso tempo enforma as principais estruturas das governanças europeias. Trata-se de um movimento iniciado no mundo das “academias de ciência”, que se espalharam por boa parte da Europa e que também marcaram presença entre nós. As ideias que nelas se foram cimentando, acabariam por chegar às universidades, transformando-as e dando-lhe a marca do racionalismo filosófico, quer no estudo dos fenómenos naturais, quer na produção de obras sobre o conhecimento do homem e da sua vida em sociedade. Nesse percurso fez-se regredir o eurocentrismo, reconhecendo grau civilizacional aos outros povos. Impôs-se a boa razão, contrária à razão particular e soube-se materializar esse legado em obras como a “Enciclopédia”, uma espécie de “suma filosófica” que substitui a atávica herança da “suma teológica”. Colocou-se assim o conhecimento científico ao serviço das necessidades práticas da vida, e, a par, libertou-se a evolução das artes e das letras.

Presencial e por videoconferência; a frequência e o pagamento implicam inscrição prévia; para mais informações contactar queirosiana@gmail.com

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

9ª sessão curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»


Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

Solar Condes de Resende

Sábado, 17 de fevereiro de 2024 – 15-17h

REORDENAÇÃO MODERNA DO TERRITÓRIO DE PORTUGAL

Professor Doutor Francisco Ribeiro da Silva 

No seguimento de sessões anteriores, fixar-nos-emos nos séculos XVI-XIX para tentar perceber como é que Portugal se organizou administrativamente, em tempos de monarquia absoluta e de centralização do Poder. 

Partindo das instituições do tempo presente, tentaremos perceber o significado das divisões administrativas, judiciais, fiscais do território. Províncias, Comarcas, Provedorias, Concelhos, Freguesias da chamada época moderna e das alterações que foram ocorrendo, nomeadamente nos finais do séc. XVIII e já na Monarquia Constitucional (Distritos 1835). 

Mas, como em História as pessoas são o mais importante, tentaremos perceber como era a vida quotidiana das pessoas dentro destes contextos administrativos, a partir da análise do estatuto e da ação dos Corregedores, Provedores, Juízes de Fora, Juízes Ordinários, Vereadores e, sobretudo, dos relatos impressionantes de alguns Corregedores.   

Finalmente demoraremos algum tempo a revisitar o chamado Termo do Porto (realidade institucional singular que durou desde D. Fernando e D. João I até ao advento do Liberalismo) e a tentar perceber as relações institucionais entre a cidade e esse espaço dilatado que, mutatis mutandis, constitui hoje a Região Metropolitana do Porto.  

Presencial e por videoconferência; a frequência e o pagamento implicam inscrição prévia; para mais informações contactar queirosiana@gmail.com

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

8ª sessão do curso livre sobre «40 anos depois: História Local e Regional»

Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»
Solar Condes de Resende
Sábado, 03 de fevereiro de 2024 – 15-17h

O rio Douro na expansão e descobrimentos portugueses
Prof. Doutor Amândio Jorge Barros

O título desta lição pretende chamar a atenção para a importância do rio Douro, dos seus portos e das suas gentes no processo expansionista português de finais da Idade Média e inícios da Época Moderna. Interpretada durante décadas desde o ponto de vista dos poderes centrais e do porto imperial de Lisboa, os descobrimentos e a expansão foram obra de muitos lugares e de muitos agentes. Muitas das dinâmicas que foram essenciais para a concretização do projeto expansionista luso tiveram lugar fora daquela cidade e são geralmente desconhecidas. Aqui pretende-se chamar a atenção para os contributos decisivos deste espaço portuário nortenho (na construção naval, no fornecimento de quadros e efetivos náuticos, militares e dirigentes, de produtos e no impulso dado a alguns negócios que marcaram essa cronologia). Um desses negócios passa normalmente despercebido e, hoje em dia, quase escondido, a saber, o da participação de mercadores e homens de negócios desta região no tráfico de escravos, assunto que terá destaque nesta sessão, na qual serão abordados, de forma aberta, descontraída e sujeita a discussão, outros temas que dão corpo a estas matérias.

Presencial e por videoconferência; a frequência e o pagamento implicam inscrição prévia; para mais informações contactar queirosiana@gmail.com

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Palestra da última quinta-feira do mês - 25 de janeiro

 


Palestra da última quinta-feira do mês
Solar Condes de Resende

25 de janeiro de 2024, 18,30 – 19,30 horas 

[…] PARA GOZO DO PÚBLICO E CONSULTA DOS ESTUDIOSOS: DIOGO DE MACEDO SOBRE AS CASAS-MUSEU. O CASO DA COLEÇÃO DE ARTE DE FERNANDO DE CASTRO

Por Dra. Vera Gonçalves (ARTIS – Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa)

Em maio de 1947 o escultor Diogo de Macedo (1889-1959) era chamado pelo Ministério das Finanças a pronunciar-se «quanto ao valor artístico e material da coleção Fernando de Castro» e ao seu potencial interesse para o Estado português.

Com efeito, o colecionador portuense (1888-1946) havia morrido pouco tempo antes, em outubro de 1946, decidindo a sua irmã, e única herdeira, tornar a sua coleção pública com a proposta de transformação do seu espaço de habitação numa casa-museu.

Neste processo intervieram destacadas figuras do panorama cultural e artístico nacional. Disso exemplo é o papel desempenhado por Diogo de Macedo, enquanto perito, convocado a examinar in loco a coleção de arte de Fernando de Castro, aferindo do seu valor artístico e monetário.

Enquadrada no âmbito da nossa investigação de Doutoramento, assentamos a presente análise na leitura de fontes documentais e num conjunto de reflexões e questionamentos, através dos quais se procura estudar o panorama museológico nacional num período em que tantos colecionadores privados e/ou os seus respetivos herdeiros parecem ter enveredado pela fundação de casas-museu.

Entrada livre, presencial ou por videoconferência

Organização: ASCR-Confraria Queirosiana

Entrar Zoom Reunião

ID da reunião: 878 6752 1804
Senha: 669509


segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

7ª sessão do curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

 

Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

Solar Condes de Resende

Sábado, 20 de janeiro de 2024 – 15-17h

Estruturas de organização social, de ordenamento territorial e de exercício de poder: os municípios em Portugal, entre os séculos XI e XIV

Luís Carlos Amaral

Faculdade de Letras da Universidade do Porto

Instrumentos maiores de intervenção régia e, pontualmente, senhorial, as cartas de foral conferiram enquadramento e consistência legais a múltiplas comunidades já implantadas no território que, a partir da concessão do respectivo diploma foraleiro, se constituíram em instituições concelhias ou municipais. Este processo, encetado no futuro espaço português ainda antes da constituição do reino, revelou-se decisivo na organização social do território e na própria definição e exercício do poder régio. A partir de D. Afonso Henriques (1128-1185) e até ao final do governo de D. Dinis (1279-1325), o país cobriu-se de municípios, que, para além das inevitáveis semelhanças, corporizaram cenários muito diversificados, resultantes não só de realidades locais e regionais distintas, mas também de um complexo enquadramento jurídico. Ao longo da presente sessão, procuraremos expor e explicar os elementos caracterizadores destas instituições fundamentais, bem como compreender o essencial da sua evolução na fase primordial da construção do reino de Portugal. Atenção particular será dada, igualmente, à apresentação das tendências mais recentes da investigação sobre os concelhos medievais portugueses.

Presencial e por videoconferência; a frequência e o pagamento implicam inscrição prévia; para mais informações contactar queirosiana@gmail.com

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

6ª sessão do curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»


Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

Solar Condes de Resende

Sábado, 6 de janeiro de 2024 – 15-17h

A ALTA IDADE MÉDIA ENTRE NÓS: PERSPECTIVAS ACERCA DA EVOLUÇÃO DO TERRITÓRIO PRÉ-NACIONAL, A NORTE DO TEJO

Manuel Luís Real

CITCEM / IEM

Começa-se por uma breve nota acerca do estado dos conhecimentos sobre a alta-Idade Média em território hoje português, no momento em que nasce o GHAVNH (1983). É salientado o impulso dado a partir de então pela Arqueologia, destacando, entre outros exemplos, as escavações na capela do Bom Jesus, em V.N. de Gaia.

Correspondendo à ideia sugerida pela organização do curso, no título genérico escolhido, optou-se por uma visão articulada sobre a região a Norte do Tejo, de modo a demonstrar a complexidade da época em questão e a necessidade de estudos cada vez mais especializados, não obstante os progressos que se alcançaram nos últimos quarenta anos.

É abordada a importância de Suevos e Visigodos na criação da base territorial e do quadro religioso em que assenta a alta-Idade Média no noroeste peninsular, não obstante as prolongadas manifestações de desestabilização política. Após a queda do reino de Toledo, à mão dos exércitos árabes, esta região voltou a conhecer um período instável, mas onde se forjou um novo tipo de sociedade, agora liderada pelos reis asturianos. Descreve-se a paulatina recuperação da antiga Gallaecia, sem deixar de aludir às controvérsias surgidas a respeito da apelidada “Reconquista cristã”. É apresentada uma visão actual sobre o processo das “presúrias” e analisa-se a evolução do território durante os reinados de Afonso III, Ordonho II e Ramiro II. E chama-se a atenção para a importância de Viseu e da “corte” rebelde de Lafões” na dinâmica do processo de reestruturação política, onde ganham progressivo protagonismo os condados de Portucale e de Coimbra. Entretanto, estes vêem-se envolvidos nas disputas em redor do trono leonês, que, fragilizado, acaba por soçobrar perante os exércitos de Almançor.

Após o intervalo, são apresentadas estruturas, actividades e objectos típicos da cultura material da época. A seguir, o discurso expositivo convergirá para a actividade bélica, com realce para a reconquista do território até à tomada de Coimbra, por Fernando Magno, e para o papel do dux Sesnando. Finalmente – e antes do assalto a Lisboa - descrevem-se as medidas tomadas para a defesa da fronteira, com recurso às cavalarias-vilãs, com as primeiras tentativas de atrair as ordens militares e com a estratégia seguida para criar uma barreira de povoações dotadas de carta de foral e obrigações de acorrer ao apelido do Senhor da terra portucalense, alçada entretanto à dignidade de Reino.

Presencial e por videoconferência; a frequência e o pagamento implicam inscrição prévia; para mais informações contactar queirosiana@gmail.com