Turismo Militar, Turismo de Guerra ou Rotas de Campos de Batalha?
O
termo Turismo Militar, em Portugal, carece ainda de uma conceptualização
teórica e académica desenvolvida. Nos últimos anos surgiram iniciativas e
Associações que assumiram o termo Turismo Militar. Mas este só passou a existir
quando se formaram esses coletivos. Antes de se impor uma designação autónoma,
como sucedeu com o Turismo Religioso, não existiam já roteirizações de temática
militar ou ligada a conflitos? E este Turismo, que abordagens é que faz? Qual o
potencial de conteúdos? Que forma de dinamizar e animar um tema tão controverso
que alguns críticos o associam ao Dark Tourismo ou ao Turismo Tanatológico. Mas
terá que ser mesmo assim? Um facto é certo – é uma tipologia do Turismo, que
pela sua carga, não se compadece com narrativas estóricas, não se pode sujeitar a abordagens superficiais ou
inexatas, e é uma rede temática que obriga o Historiador, sim o Historiador, a
ser especialista nos vários contextos, seja da complexidade técnica, seja no
que é um teatro de operações e tem uma exigência acrescida de imparcialidade
para que as mensagens passem com a visão dos dois lados da trincheira. Este Turismo pode ser a voz da História Militar para
chegar às comunidades e às suas memórias pela via do que recebe e do que
recebe. Será esta a proposta de diálogo no próximo dia 26.
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