O Brasil e os exilados
políticos portugueses
A imagem do emigrante
povoa há muito o imaginário da sociedade portuguesa a lembrar o burguês rico e
rude, com dinheiro e sem cultura.
A saída, voluntária ou
não, do país de origem, para território de outra nação com a intenção de aí
fixar residência e exercer atividade por um período de duração incerta foi,
desde sempre, apanágio dos portugueses.
Em bom rigor, emigração
pressupõe a deslocação do cidadão para país estrangeiro. Os fatores causais da
emigração são, na maior parte dos casos, por razões económicas, podendo, porém,
revestir natureza política, ou outras de carater diverso.
Os reflexos da emigração
projetam-se na força e prosperidade das nações, na vida económica, social e
política, facto que levaram os Estados a submetê-la a regulamentação apropriada
Em Portugal o Estado
Novo, cultiva através do ideário salazarista, da sua propaganda oficial, ou
oficiosa, um especial olhar em direção às comunidades emigradas. A partir de 1932,
o regime assume através dos discursos de Salazar, a ideia central de difundir a
imagem de um “país de paz à beira-mar plantado”, tudo fazendo para que o
emigrante encontre no ideário salazarista as mensagens que deseja ouvir sobre a
sua pátria distante.
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