domingo, 26 de janeiro de 2025

Curso livre sobre "Portugal, a Flor e a Foice" 1 de fevereiro de 2025

 


A FOTOGRAFIA E O 25 DE ABRIL DE 1974

O 25 de Abril de 1974 constituiu um dos principais momentos da História Contemporânea de Portugal cujo acontecimento foi, naturalmente, veiculado através de vários meios de comunicação, nacionais e estrangeiros. A fotografia foi um desses meios de comunicação.

Antes de serem conhecidos, em Portugal, os cravos como símbolo da Revolução, já estes seguiam para as agências noticiosas Sigma e Gamma-Rapho captados pelas lentes de fotojornalistas estrangeiros, como Jean-Claude Francolon e Henri Bureau. O vermelho vivo dos cravos, contrastava com o preto e branco e cinzentos de uma fotografia oficial, anterior a 1974, feita de retratos, corta-fitas e vislumbres do pitoresco. Como era a fotografia antes de abril de 1974? Como viram os fotógrafos portugueses e estrangeiros, profissionais e amadores, a Revolução? Que caminhos seguiu a fotografia depois de 1974? Objeto ou documento, a fotografia tem sido utilizada pelos historiadores como complemento ao discurso escrito, mas é uma das mais importantes formas de comunicação, hoje abundantemente veiculada pelas redes sociais. E no tempo da Inteligência Artificial, mais do que nunca importa saber ler e interpretar fotografias.

Nuno Resende

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Curso livre "Portugal, a Flor e a Foice..." 18 de janeiro 2025

 

📍 Solar Condes de Resende, Canelas

📅 Sábado | 18 de janeiro

⌚ 15h00 - 17h00

A Rádio e o valor da Liberdade – 50 Anos depois de abril
António Barros Cardoso
Professor aposentado da Faculdade de Letras da Universidade do Porto

«Passaram em 2024, 50 anos sobre um acontecimento maior da nossa história recente – O “25 de abril”. Vivi, esses tempos de reconstrução do modo de ser português à luz dos valores da “liberdade, igualdade e fraternidade”, como muitos dos cidadãos portugueses da minha geração, de forma intensa. Aqueles valores, que o liberalismo procurou afirmar no século XIX e que o Estado Novo fez hibernar, ao longo de boa parte do século XX. Mas, sabemo-lo bem, a História é marcada por ciclos, de acordo com o seu principal objeto de estudo – O Homem – abria-se agora um novo tempo. Ao ser desafiado neste curso a recordar e a partilhar a minha experiência naqueles momentos em que Portugal voltou a escancarar as portas da esperança, resolvi rebuscar as memórias que guardo sobre a Rádio antes e depois de abril. Nessa época era ainda um portentoso meio de comunicação, vigiadíssimo pelo regime deposto pelos militares de abril que devolveram a palavra ao povo.»

António Barros Cardoso

Frequência implica inscrição e pagamento prévios; possibilidade de pagamento de aula avulsa.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Curso Livre "Portugal, a Flor e a Foice - dia 4 de janeiro de 2025


Solar Condes de Resende, Canelas

Sábado | 4 de janeiro de 2025

15h00 - 17h00

«A censura, a PIDE, as cadeias, o Tarrafal»

Prof. Doutora Rita Luís

Instituto de História Contemporânea

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

«Sendo um regime político ditatorial, autoritário, autocrático e corporativo, o Estado Novo utilizou diversas formas de controle e repressão sobre os cidadãos e as suas organizações políticas, cívicas, culturais e laborais. De entre elas, a censura prévia sobre a imprensa e as publicações em geral, as emissões de rádio e depois as de televisão. Uma outra foi a reorganização de uma polícia política repressiva e controladora da sociedade em geral, a PIDE, que podia deter e submeter a tortura os detidos sem que estes acedessem a possibilidades de acompanhamento e defesa jurídicos, metidos em cadeias como presos políticos em condições arbitrárias, das quais a mais sinistra foi o campo de concentração do Tarrafal em Cabo Verde que funcionou entre 1936-1954 e 1961-1974.»

J. A. Gonçalves Guimarães, ASCR-CQ

Frequência implica inscrição e pagamento prévios; possibilidade de pagamento de aula avulsa.